Copa Airlines 25 anos




A copa é nossa
No dia 29 de junho de 2000 a Copa Airlines começou a voar para o Brasil. A companhia tem uma proposta operacional bem diferente. Nascida no Panamá, ela aproveita a localização central de sua base não só para oferecer serviços para a América do Norte e América do Sul, mas também devido às características de performance dos seus Boeing 737NG, com voos ligando os continentes, associa a viagem a uma escala no seu país. Foi muito trabalho de promoção para convencer o passageiro que em vez de pegar um jato de fuselagem larga com dois corredores e a possibilidade de fazer um voo internacional direto entre São Paulo e Nova Iorque ou Miami, por exemplo, ele poderia realizar o mesmo trajeto voando em um Boeing 737 de corredor único, fuselagem bem mais estreita, comumente visto em voos domésticos e, ainda por cima, parar no meio do caminho para fazer uma conexão. O mote de aproveitar e conhecer o Panamá nem sequer se mostrava forte pois, pelo menos no Brasil, esse não era um destino dos mais procurados. Panamá remetia apenas ao canal e ao chapéu (que originalmente nem é de lá). Entretanto, do lado do Panamá está também o Caribe e seu mar paradisíaco e, tirando alguns momentos históricos, como os períodos nos quais diversas empresas ofereceram voos fretados do Brasil para San Martin, esse mercado nunca fora bem explorado por uma operação regular, abrindo, assim, a porta para a Copa suprir essa demanda.
Dentro de o que a empresa pode oferecer para atrair os passageiros, uma grande carta é a possibilidade de o cliente estender a parada no Panamá por até sete dias sem custo extra. A média de permanência no país tem sido de três dias e a possibilidade pode levar a um incremento da renda proveniente do turismo. Cerca de 85% dos viajantes declararam que gostariam de voltar ao Panamá para conhecer melhor seu território. O Brasil está em quarto lugar entre os geradores de passageiros que usam a permanência estendida. A companhia investiu no serviço. Era a primeira vez que se ouvia falar em 737 voando internacional com classe executiva no nosso país. A Copa disponibilizou poltronas que reclinam 180º em alguns de seus aviões. Os 737 Max 9 que fazem os voos para São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) têm essa comodidade. Assim a empresa foi implementando uma malha de voos que ia além dos naturais mercados em São Paulo e Rio de Janeiro, chegando a partir de 2006 a momentaneamente voar para Manaus (AM) com o Embraer E190 configurado com 94 assentos. Atualmente eles operam em sete cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Florianópolis, Belo Horizonte, Brasília e Manaus) e a partir de 7 de janeiro de 2026 a empresa voltará a pousar em Salvador (BA), destino que havia sido abandonado desde a pandemia da Covid-19. A empresa foi a primeira a disponibilizar um serviço internacional na reabertura do aeroporto Salgado Filho após o final das enchentes no Rio Grande do Sul no ano passado. Com 94 voos semanais previstos para Janeiro de 2026, a Copa será a segunda maior empresa aérea internacional a ter negócios no Brasil. Nos últimos 25 anos foi feito um alinhamento de frota, a Copa se despediu dos Embraer e focou as operações no Boeing 737.
Atualmente são 92 737Max 8 e 9, 54 737-800 e nove 737-700. Eles devem receber mais 53 Boeing 737Max8, tendo a previsão inicial de não substituir os 737-800 pelos Max mas, sim, ampliar a frota. Os novos 737Max 8 não terão assentos camas. Estes modelos são usados em rotas mais curtas, nas quais o passageiro não vê vantagem em pagar a mais para ter uma poltrona que reclina 180º. Salvador será um dos serviços que não possuirá o assento cama. Os voos entre o Panamá e a Colômbia são assim. Da mesma forma atualmente não existem planos para uma reforma dos interiores dos Boeing 737-800 para o padrão encontrado nos 737Max 9. A Copa também foi impactada com os atrasos nas entregas da Boeing em 2024 devido aos problemas em falhas na sua cadeia de suprimentos, o que limitou um crescimento de abertura de novos destinos ou de ampliação das frequências, mas está compensando a turbulência no recebimento de mais aeronaves neste ano para, então, alcançar uma taxa de crescimento operacional de 8 a 10% por mês e atingir um crescimento de frota de 52% até 2029. Para 2026 ela pretende realizar mais de 400 voos diários e transportar cerca de 20 milhões de passageiros. A meta é chegar em 2029 com mais de 500 voos diários e traslado de 25 milhões de viajantes e, muito provavelmente, fazendo mais que o realizado nos últimos 25 anos.

